Cantos Rústicos (I)

É a natureza um canto de prazer
melodia imensa à ânsia de viver.

Nos verdes montes vagueia o pastor
conduzindo o rebanho em derredor.

Verdejante esplendor do mês de maio
e o trino matinal do comum gaio.

Velhos e novos brincam no arvoredo
num inocente e jovial folguedo.

A noite cai e os pássaros no ninho
estão aconchegados no quentinho.

Ovelhas no regato junto ao prado
bebendo a água fresca com agrado.

Dócil e manso o branco cordeiro
a balir no campo o dia inteiro.

O sol nascente é luz que Deus envia
apaga-se a noite e o céu alumia.

Sª Mª Feira, agosto 2018

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Comentários

Parabéns... uma nova série começa hoje

fico feliz, li cada uma das 30 anteriores.

Abraços fraternos

É uma série curta, mas cada dístico foi inspirado num poema de William Blake dos seus 2 livros mais conhecidos - “Cantos da Inocência” (1789) e “Cantos da Experiência” (1794).