MARIONETA
Autor: Angela Caboz on Monday, 17 November 2014
não quero ser marioneta de trapo
sem vida e sem trato
somente comandada pela vida
sem vida e sem trato
somente comandada pela vida
já não tenho mais palavras
Folhinha
...do meu almanaque...
Resta-nos em haver mais
Uns dias a quantas horas
Pra que tamanha pressa?
Asile que afinado só vá lá
Se acomodar a com fleuma.
da minha janela
vertias lágrimas de marfim
- profiro sinteticamente...
Há - tem sido assim...
Há - tanto pressinto...
Ora! Nem sinta muito
olhei-me ao espelho
estavam lá todas as minhas rugas
cicatrizes filhas do tempo
que já se passou
e que não me permitem fugas
do tempo que comigo morou
e no meu rosto desenhou
cada linha a seu gosto
uma recta marcando um desgosto
uma curva sinal de uma risada
pigmentos que conhecem em mim
a sua última morada