O VER DE TUDO
Autor: AMANDU on Thursday, 7 February 2013COMO
FOI
QUE
ME
ENCONTROU?
COMO
FOI
QUE
ME
ENCONTROU?
Veijo-a sempre passar séria, constante,
--Ás vezes, inclinada na janella,--
Tranquilla, fria, e pallido o semblante,
Como uma santa triste de capella.
Seu riso sem callor como o brilhante
No nosso labio o proprio riso gella,
E ella nasceu para chorar diante
D'um Christo n'uma estreita e escura cella.
Seu olhar virginal como as crianças
Jamais disse do amor as cousas mansas;
Jamais vergou da Força ao choque rude.
Última estrela a desaparecer antes do dia,
Pouso no teu trêmulo azular branco os meus olhos calmos,
E vejo-te independentemente de mim;
Do inquieto oceano da multidão
DESPEDIDA
Cansei dos meus versos
Porque não quisestes lê-los
Juntarei todos os escritos
Em uma bandeja de prata
Que pertenceu a minha finada avó
E na lembrança da morta
Erguerei uma pira feita de poemas
Inflamados com os restos de uísque
Deixados em garrafas inacabadas.
Na minha dolorosa embriaguez
Beijarei tua fotografia, e... juro
Será esta a última vez
Tua foto então reacenderá o fogo
E embriagado assistirei a cremação
De tudo quanto me faz lembrar
EU SONHO
DE TE MATAR
MAS UM DIA
DE TOMAR VENENO
E CRIAR.