APPARIÇÃO
Autor: João de Deus on Saturday, 17 November 2012 Como esse olhar é dôce!
Dôce da mesma sorte
Como se nunca fosse
Toldado pela morte:
Como se alumiasse
O sol ainda em vida
As rosas d'essa face...
Agora carcomida.
Colhesse-as eu mais cedo
E logo que alvorece;
Já não tivesse medo
Que a terra m'as comesse.
Mas pura, como a neve
Que ás vezes cahe na serra,
É que a nossa alma deve
Tambem voar da terra.