Serenata (A UMA VIZINHA)
Autor: Augusto Gil on Thursday, 15 November 2012Vae serena, desmaiada,
Entornando luar no azul,
A lua, taça quebrada
Dos festins do rei de Thule.
As estrellas maceradas
São como beijos de luz,
Ou lagrimas condensadas
Do martyrio de Jesus.
Serena como uma prece,
Cariciosa como um ninho,
A via-lactea parece
Estrada feita de arminho.
Estrada feita de arminho
E flocos alvinitentes,
Que talvez seja o caminho
Para a morada dos crentes.