Meditação

QUANDO MORDI AQUELA MAÇÃ

Quando mordi aquela maçã
Vermelha e fresca, fresca e vermelha
Com seu aroma me embriaguei;
Banhei-me c`os raios da manhã
Doirados qual o corpo da abelha,
Que me contornando divisei.

Senti dos riachos a fragrância,
Das flores a suave textura
Em minha boca a se desmanchar.
Abri aquele riso de infância
Ante à sua rubra formosura
Às nuvens da tarde similar.

PEREGRINO

PEREGRINO

Sou um peregrino do tempo,
de alma corroída e sem saber fixar-me,
deambulo, numa saga buscando a verdade,
procuro no passado e no sentimento,
a eloquente razão para encontrar-me,
apagando a sombra, que me invade.

Como um samaritano percorro,
lentamente a estrada da expiação,
apenas um nada, preenche o vazio
espaço que no pensamento, escorro,
dissecado no processo de reflexão,
esconjurado do seu homizio.

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