Meditação

A ESTRADA DOS VAGALUMES

A ESTRADA DOS VAGALUMES

Tu és uma prisioneira do passado
Arrastando consigo o medo equivocado
De amar e não querer romper as fronteiras
Que trancou o seu coração entre mil barreiras.

Veja os vagalumes que no escuro brilham;
Sem perceberem que suas vidas centelham
Clareando a estrada na escuridão noturna
Valorizando a felicidade como se fosse uma fortuna.

Oração

O mundo devia ser um grandioso templo
onde pudessemos expressar a fé em cada oração
para que ela assim perfumasse os nossos amedrontados corações,
pois é ali que reside a fonte e o viço da vida onde futuramente plantamos
toda a felicidade do tamanho que tanto almejamos.
FC

Reino das Palavras

Vai comendo palavras
E cuspindo ideias.
Vai se consumindo...
Num Reino aberto à tudo
Ao que na imaginação vai surgindo.
Pensa aqui e chega à um oceano. 
Aliás, acorda submerso
Nadando em emblemas
Totalmente inconvertidos.
Com os pensamentos totalmente elásticos
Cria um plano além do dano muito bem-vindo!...
Algo que vai muito além 
Desse nosso sentimento de plástico. 

Medo de viver?

Quem se aprisiona
e escravo fica das coisas materiais,
mais tarde ou mais cedo acaba fazendo da vida
um produto vazio, impróprio para consumo
e no fim, quando chega ao fim,
de tanto zelo e medo de perdê-la,
não consegue mais viver
senão para as coisas materiais.
Por isso não tenhamos medo da vida,
tenhamos sim medo de não
lutar por nada... nem por ela! 
FC

Espaço restrito...

Espaço restrito...
 
Firmada numa fé tamanha
estão todas as respostas
irrevogáveis e sem medida,
e eu,despercebido
jamais me encantaria
com as borboletas,
o sol, o mar , as estrelas
e a vontade que tenho 
de viver desesperadamente
se não pudesse por fim 
encontrar-me e restituir
à vida consumida
o meu espaço restrito
feliz e outorgado
numa alma assim emancipada

Equilibrio...

Equilibrio...
 
Ficou-se a tarde entorpecente
perdida entre 
todas as minhas argúcias 
resta somente o que me falta 
ainda mais límpida a volúpia
requebrada na luz
da tua ausência que me mata 
qual cor de aço que reluz
flutuando, 
ampliado ainda mais a minúcia
de cada palavra escorrendo
íngreme pelos flancos do 
meu silêncio perfumado
de incensos e equilíbrios

Um dia destes

Um dia...
 
Um dia destes
para aqui me vou
e lá ficarei...
e nem quero mais saber
se volto ou não
mesmo que meu coração
em desordenado abandono 
de mim se ausente inconsciente 
enxugando palavras retemperadas de amor
complacente até quando clemente
chegar por fim o tempo apaziguador
FC

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