Meditação

Dilema do Alpinista

Neste poema,

De que sou o artista.

Exponho um problema,

O dilema do alpinista.

 

Iniciada a campanha,

Façanha que assume.

Adormece com a montanha,

Enquanto sonha com o cume.

 

 

Vencida montanha, na consumação do objetivo,

Surge o dilema desta história,

Depois do topo ser atingido

O que é que o alpinista faz agora?

 

 

CICLOS

Cada passo mais afastado do relógio da vida,

rompi com o sonho impercetível e murmurado.

Trepo ao céu, agarrado às letras e ao vento,

flutuando no espaço ao sabor da corrente,

ávido dos silêncios que a noite provida.

Esperança ardente num sonho, sonhado

em louca espiral da pressa! Isole-me no advento

do tempo, que acaba e se estagna à minha frente...

 

Uma melodia! Uma luz se aproxima! Tudo faz sentido.

Quantas solidões para ver? Quantas vidas para aprender.

Reinicio

Consolido o tempo,

Liquido tudo,

Evaporo, viro pó…

 

Reinicio,

Retorno,

Removo,

Reparo.

 

Apareço e sumo no espaço

De repente

Deixo claro

Suas sombras, seu passado…

 

Dissolvo

De novo;

Resolvo

E me salvo.

 

Deixo pra lá,

Trago para aqui

E me levo para ti.

 

Atravesso,

Ultrapasso,

Extravaso…

 

Saio por aí

De mãos dadas

E passos largos.

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