Prosa Poética
Elegia
Autor: Frederico De Castro on Sunday, 17 May 2015
Procurei respostas
fragmentadas em ti
elaborei na religião do tempo
um sacrifício temperado por
palavras lavradas na simpatia
dos nossos desejos
– Soergui aquele sensual paraíso
onde nos envenenamos de paixão
sem mais encontrar outro antídoto
que não
desfrutar-te eloquente
Sentença de vida
Autor: Frederico De Castro on Friday, 15 May 2015
Despejei ao redor do mundo
uma porção de luz travestida
de prantos enfeitados de chuva
e murmúrios divagando pelas encostas
do tempo vadio
deformando meu quotidiano dos dias
indecifráveis ,tardios
– Percorreremos esta noite
madrugando até rejuvenescer
esta poesia núbil onde
Rabiscos no tempo
Autor: Frederico De Castro on Thursday, 14 May 2015
– Hoje alimentei-me em teus oceanos
fartos de vida
onde recrutei todas as palavras
ao tempo
denunciando meu amor
coleccionado em sofrimentos
repartidos em gomos de tédio
que a esperança alimenta
displicente
diluindo assim meu poema
mais faminto
neste presídio onde moro
Vida Plena
Autor: Machado on Wednesday, 13 May 2015Vida Plena
Não quero cair.
Não quero tombar sem capturar esse teu sorriso.
Não quero viver se não for como é preciso.
Se não for contigo.
E depois dos temporais
Autor: Frederico De Castro on Tuesday, 12 May 2015Imortalidade
Autor: Machado on Tuesday, 12 May 2015Imortalidade
A velhice não me aterra.
Não me provoca desânimo.
Não me cria insatisfação.
Apenas o pesar de não sorrir da mesma forma.
Comemorar a vida
Autor: Frederico De Castro on Monday, 11 May 2015Chamaste-me ?
Autor: Frederico De Castro on Saturday, 9 May 2015
– Transbordo cada vez mais em ti
pressinto em nós cada minuto trajado
de inspiração
– Farto-me de tuas delicadezas
onde arranjo cada manhã
uma fé assídua
flexível enroscada em alegrias
passadas
perdidas em tuas subtilezas
– Acredito cegamente
neste destino que nos consome
Quando chover em mim
Autor: Frederico De Castro on Thursday, 7 May 2015
Deixei de ter alguma
coisa pra dizer
absolutamente nada
a não ser
deixar espalmado
nossos destinos estrategicamente
enamorados pela arte
empolgante do amor
num vasto encontro derradeiro
onde nos disfarçámos
tácitos
sorrateiros na formosa luz


