Soneto

Medo de tentar

Medo incandescente de fracassar
Eu jogo pesado comigo mesmo,
Fastígio minha esperança vulgar,
Tateio minha junta óssea a esmo.

Da catacumba deixo a soterrar
O crânio no gradual alesmo.
Deixo idem o músculo gangrenar,
Serei enterrado n’algum sesmo.

Um dia o receio ressecará a pele
E a vontade de vencer, amputada
Lute contra seu físico que repele

Longe a infância

"Often rebuked, yet always back returning
To those first feelings that were born with me"
BRONTË, Emily - Often rebuked, yet always back returning. In "Wuthering Heights and Agnes Grey", 1850

Ástreo o noema ou Poimandres num valete
De paus, luminar dúctil, asa lesta (1),
É a Aletheia a iriar em cônsona celesta,
E devine estelante. Axial, remete

Versus

"Your will shall decide your destiny."
BRONTË, Charlotte "Jane Eyre", 1847

Num pentagrama, a esmar, doxa e episteme
Devêm em isagoge que as subsume,
Convolvidas no ambívio sem que um nume
Ou um Crugal (1), vox silentis, luza estreme.

A Mesma

"(...) enquanto eu permanecer nesta Terra eu quero ser aquilo que eu sou."
Epicteto, século II d.C.
 
Báratro de Anicca onde um Titã vessa,
D'ubiquidade lábil (1), Leto (2) a Hamate (3),
Ebaniza matizes (4), soa escarlate,
Convulsiona voltívolo. Depressa,
 
Do colúvio, anacâmptica, aleia - é egressa;
Que, manente, inconcussa, se resgate.
Sarastro (5) tece o albedo, num quilate
Ou plectro de sindéreses ou nessa
 

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