Surrealista
Ode Tupinambá
Autor: Antonio Archangelo on Thursday, 19 September 2019
Propostas licorosas,
Metástases profanas,
Cachaça-bacana, ateu!
Rangendo o canto da boca,
O pitagórico soco grotesco, Teseu!
Há o nada.
Nadando em piscinas cristalinas
Da retina contida, tupinambá!
Do sangue escorrido,
Do choro contido,
Do falso refém...
Shekhinah em Malkuth
Autor: Antonio Archangelo on Friday, 13 September 2019
O bom seria se tivéssemos o Bem,
uma busca árdua e delirante.
O bom seria se reconhecêssemos o Bem,
não o menos mal
Bem está contido aos que navegam
pelo oceano primordial
O Bem aqui não está,
nem no Halacá
É o fim, não o meio
É a busca, talvez a arca da aliança
Não seja intolerante,
já que nem você, talmúdico,
sabes o Bem
Não seja inoperante,
Cântico a Parabrahman
Autor: Antonio Archangelo on Wednesday, 11 September 2019
Ó fractal divino,
nove emanado nas duas dimensões primas
Manvantara de manifestação,
pralaya, da não-manifestação
Mulaprakriti dos fenômenos,
Vórtice físico, psíquico ou mental
Fohat e akasha de toda a existência,
Éter dos antigos, quintessência,
Quinta ponta do pentagrama
Dai-me humildade,
dai-me sapiência
Recupera-me as memórias esquecidas
no grande oceano primordial
Conhece-te a ti mesmo
Autor: Antonio Archangelo on Tuesday, 10 September 2019
No ato de querer intensificarás,
conscientemente, a sua vontade,
Teu desejo!
No ato de querer, aflorarás
a ciência natural desconhecida,
Teu desejo!
Conhece-te a ti mesmo, manusya!
Tudo tem a ver com tudo...
Qual a tua verdadeira vontade, neófito?
O que governa todo o sistema?
Hoshana
Autor: Antonio Archangelo on Monday, 9 September 2019
Ó Senhor, tendo criado todas as coisas,
submetidas a Ti, desejou à perfeição
O divino e terreno-mundano,
com corpo grosseiro e terreno,
mas alma espiritual e celestial
Estivesse em busca da perfeição
Desejou-o durante toda a criação,
a expiração e inspiração do Todo-nada,
de dentro de Ti manifestou o sopro primordial
Submeteu, então, toda a terra e seus habitantes,
e forneceu meios para que anjos
Sempre-nunca
Autor: Antonio Archangelo on Friday, 6 September 2019
No despertar da lótus,
teu reflexo no espelho,
sublinhando ancestrais demandas,
e passivos comunitários semblantes
Ação e reação, carma
frutificando intenções,
más, boas e neutras
Shiva, libertarás
Darei-lhe vontade própria
Flutuará, então, de volta para casa
Talvez, sempre-nunca
nunca, talvez, sempre
E nestes cânticos, emerso
Futuro-passado,
Inefável
Autor: Antonio Archangelo on Thursday, 5 September 2019
Inefável, a verdade é que queria estar nu
Inefável, poder supremo megalomaníaco
Inefável, regozijo-me nas veredas da vergonha alheia
Inefável, joelhos que não aguentam tantas súplicas...
Inefável, poderia, quem sabe, estar no mar?
Inefável, som inquebrantável dos desejos!
Inefável, tire-me da ignorância do tudo-sei
Inefável, nas grutas profundas do centro do mundo
Inefável, inefável, inefável!
Dukkha
Autor: Antonio Archangelo on Thursday, 29 August 2019
Perturbação,
irritação,
depressão,
Preocupação,
desespero,
medo,
temor,
angústia,
ansiedade,
Vulnerabilidade,
ferimento,
Rumo a Atziluth
Autor: Antonio Archangelo on Tuesday, 27 August 2019
E serão aquelas escadas
que me levarão a Atziluth
Sob o coro dos Querubins e Serafins
Foram aquelas escadas,
onde superei o abismo de minha existência
Quão espantoso é este lugar!
Betel, a porta dos céus
Voltei para a casa
Deixando o exílio e as ilusões desta morada
Quão espantoso é este lugar!
Terra azeitada de ternura e benevolência
Soube, então, o Bem