Tristeza

Tanto Faz

Minha passagem será essa,
ser ausente de movimento,
zero acertos e erros vazios.
Um mero observador da vida,
na ótica difusa desistir antes
do tentar, patética situação
admoestada por mim.
Conformismo, desleixo,
são sinônimos d’alma perdida.
Não sei de nada da vida prática,
quem dera sobre ideologias.
Mas sei deixar a paixão literária
amar a vida, o coração pulsar
até enjoar, como o sol fervente
nas tardes de verão.

Terça nobre

A tv anuncia o filme : terça feira nobre
filme tão glacial , não muda a minha face inanimada !
fantasmagórica, é a atenção do amor
filme tolo, não detém a minha dor dinâmica
gostaria de reescrever tantas cenas desta tela
e apertar os passos sem sair da poltrona
sabem os expectadores deste mundo , corrigir tantos dilemas ?
desliguei o filme chato , melhor revisitar os antigos retratos
mas a nostalgia tirana, mudaram a atitude dos meus olhos !
tantas cenas e lembranças rimam com a felicidade antológica penetrante

Talvez

As pessoas são más,
E eu sei que eu também posso ser,
Talvez mais;
Esse é o problema,
Eu não quero ser.

Eu odeio este meu lado,
Mas ele está sempre aqui,
Sempre perto,
Esse é o problema.

Quanto mais pessoas me deixam,
Mais ainda apoiam-se em mim.
O que eu faço para não cair?
Todos estão em meus ombros,
Talvez eu devesse..
.. apenas deixar ir.

Eu não sei o que fazer,
Mas um pensamento não me sai da cabeça,
Nele tudo pode desaparecer!

Estação Depressiva

ESTAÇÃO DEPRESSIVA

Tic – tac, eu tenho um Dom!

Não poderoso, nem esquizofrênico

Diminutas horas informadas pelo ROLEX de ouro

Inútil bem que não possuo ...

Nas andanças deste tempo as vezes paramos ...

Mas não visitamos o interior de nossa essência.

Tenho como adereço alguns relógios

Que que não importunaram minha conta bancaria

Não são tão famosos, mas registram um tempo tão artificial para mim,

Meu DOM é marca de um relógio Chinês.

Mas poderia ser a servidão não adormecida,

Sufocado por si

Palavras sufocam minha garganta,
ao mesmo tempo que querem sair,
ficam soterradas na ansiedade.
Obsoleta vida que desalenta,
olhando o horizonte...
ermo sofrimento a banhar-me;
preto é a cor dos meus ossos,
cinza a cor do meu mundo:
paisagem impressionista: minha vida.
Sufocado por si próprio, asma mortal,
olhando as estrelas...
linhas tortas descrevem o monólogo,
fatídico ser humano buscando o fim.
Monotonia mental, cotidiano vivo.
Musicalidade profunda me atinge,

Concordância

A esperança que envelhece e não morre,
o amor que se transmuta e usa uma nova blindagem
por constantemente consultar o espelho da moda atual
solidão é a concordância dos órgãos literais em não morrer.
nem a esperança morreu ainda ,
mudou de endereço ,
fé cativa domina sentimentos,
e não desanima aqueles tem fé ,
qualquer dano sentimental que se faça ,
danifica toda uma ordem de vida .
ano novo , sentimentos em discordância
mais um ano ,tentando entender o que viver.
não sabemos para que festividade correr

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