Um copo

A felicidade do sol nascer dentro de um copo de vinho
um ombro inventado que me ouve a voz de fundo alerta
um rabisco infantil livre na esperança perdida no caminho
Morre de sede no meu gosto que foge pela brisa da janela
tua...

A tua casa cheia de gente minha onde o balanço é pouco
Aconchega-me a alma fugidia em abrigo do lado oposto
faltas-me tu e o resto teu que nao sou e me torna louco
cola-me nas costas do destino um papel a dizer eu gosto
de ti...

Foge

Foge!

Provavelmente... só te farei mal.

Afastarte-ei deste mundo.

Voarás livre, ao vento...

E quando caires, pássaro ferido:

Vais odiar-me!

porque te ensinei a voar...

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