Desejo da ilusão

 

Desejo da ilusão

Vou te contar uma historinha
Você me diz que se sente vazia
Me da um sorriso
Mente sobre seu sumiço

Não há motivo para alarmar
Esta calma
Como a chuva no ar
Me olhando sem piscar

Te pergunto
O que você quer?
Você responder
Quero ser mulher

Até o quarto nós vamos
nos amamos
Enrolamos
Só por enquanto

Mas oque importa é o dia seguinte
Ver seu rosto na luz
E saber que pra sempre
Você é minha... me seduz

Mingau

Mingau

Que tal algo mais superficial
Uma dança
Um luau
Algo simples que nem mingau
Até me deu fome, uau

Tipo só eu e você
Pele na pele
E o desejo? Cadê?
Ta ali
Ali no bosque atrás de você

Um meio sorriso
bem bonitinho
Fofinho de se dizer
Só pelo prazer
Quero beijar, lhe ter

Depois vamos comer sushi?
No shopping bem ali
De la pra casa
Dormir na estrada
Embaixo da geada...que nada

QUANDO MORDI AQUELA MAÇÃ

Quando mordi aquela maçã
Vermelha e fresca, fresca e vermelha
Com seu aroma me embriaguei;
Banhei-me c`os raios da manhã
Doirados qual o corpo da abelha,
Que me contornando divisei.

Senti dos riachos a fragrância,
Das flores a suave textura
Em minha boca a se desmanchar.
Abri aquele riso de infância
Ante à sua rubra formosura
Às nuvens da tarde similar.

Os Profetas

O Santo na pedra cristaliza um sonho de bondade
e a arte de Aleijadinho lhe permite a vida eterna.
Barrocos olhares miram o infinito
e as faces de anjos e de demônios
perpetuam em frios granitos
os homens e seus gritos.

O eco dos carrilhões
espalha a falsa santidade,
mas o ouro dos altares
não oculta o cesto de pesares.

As ladeiras carreiam os martírios
e nas Inconfidências vagam os delírios.
Impávidos, os Profetas a tudo assistem
e recusam o milagre rogado.
Somos o Passado.

Morte

Aqui no quarto escuro
Silencio vem me ver
A morte me buscar
Pra longe vou viajar

Brincar com as palavras
Belo modo de se expressar
Mas qual a honra nisso
Se não pra bajular

Não adianta escrever
Sem nada pra dizer
Vai ser só blábláblá
Como acabei de falar

Não sou poeta
Nem escritor
Sou só um garoto
Com o coração melado de amor
Doce como aquela flor
Pena que já morreu, toda cheia de dor

ENTRE O VERDE E O CÉU

ENTRE O VERDE E O CÉU

O céu é lindo!
Visto do interior.
Na cidade o céu fica turvo.
Também com tanta poluição!

Eu acho que vou voltar pro interior.
Quero deitar sobre a grama.
Quero contemplar o céu.
Quero ver cometas.
Quero ver estrelas cadentes
Quero ver toda beleza existente.

Um dia outros planetas serão povoados.
Eu não vou estar lá.
Então...só me resta sonhar!

Mundo Cinza

Mundo Cinza

 

Eu lembro que eu tinha um coração, acho que eu o perdi por ai. Mas também aquilo só me causava problemas, deixei pra lá.

Um dia desses eu tinha um coração, não sei onde o deixei, ou se o perdi. Nem me importo, a essa altura, alguém deve ter jogado ele no lixo.

Eu devia ter um coração, já procurei por ai mas não achei, será que eu fui roubado e não sei? Ou não me lembro?

Nunca mais eu ouvi o meu coração, ele está calado esses dias, ele deve ter os seus motivos. Mas quem quer saber? Vou lá fora ver o mundo, as pessoas, a vida fluindo.

Liberdade

Assim como a chuca
Só estou livre ao cair
Quando meu corpo esfria

Fluir pelas ruas
Como agua pelos rios
Seguindo o caminho
Que você escolheu para mim trilhar

Eu posso sair daqui
Mas liberdade
É se deixar levar

*Por favor comentem se gostarem, gostaria muito de fazer amigos com o mesmo gosto.

Pages