Dueto Madalena Cordeiro/ João Murty
Autor: Madalena on Monday, 21 April 2014AINDA GOSTO DE VOCÊ
42 Agora estou carente precisando de alguém...
De lembranças só as boas, por favor não leva a mal!
Um sorriso como aquele...
AINDA GOSTO DE VOCÊ
42 Agora estou carente precisando de alguém...
De lembranças só as boas, por favor não leva a mal!
Um sorriso como aquele...
Dê-me a tua mão e então me ensine a flutuar
Para além do horizonte onde nasce a primavera
Onde o tempo nunca passa e ninguém nunca espera
Que o amor seja um presente flutuando pelo ar
Dê-me teu sorriso e me permita então sorrir
Por enquanto o mundo espera pra poder te ver passar
Dê-me uma gota do que perde-se no mar
Pra que eu possa então fazer alguma flor querer florir
Dê-me os teus olhos pra que eu possa me perder
Entre tudo o que eu sinto e que me deixa prosseguir
FORAM AS GENTES DA MINHA GREI!
Foram as gentes da minha grei
Que tudo me contaram
E eu sempre acreditei
Em tudo quanto falaram
Disseram-me dos sonhos
Sussurraram-me dos amores
Murmuraram-me das dores
Falaram-me do que era risonho
Não falaram da vida negada
Da verdade massacrada
Da mentira escondida
E eu, em vivência invencida
Fui morrendo: de venenos,
Amores e sonhos pequenos!
Ezequiel Francisco
SEMPRE ESCONDI!
Eu sempre escondi
Os meus sonhos e ilusões
Dos sábios e entendidos
Daqueles que foram reconhecidos
Em estudos e tratados!
Eu nunca ouvi, nem aprendi
As moções e os elogios ensinados!
Eram minhas as razões
Deles a fanfarronice,
As mentes delirantes,
A tosca sapiência!
Eu só ouço a minha interioridade,
A voz que clama dentro de mim!
Se não fosse assim,
Eu estudaria nos mesmos livros
Sem tempo nem idade!
Da Estrada
Onde vai dar uma estrada percorrida?
Milhas e milhas, com intensos combates
Estará a felicidade ali? No fim da estrada?
São apenas estradas entre outras estradas
Não há prêmio ou fortuna no fim da estrada
Não há vencedor no fim da estrada
Lá só há o fim dessa estrada
Quem sabe começo de outra estrada
Charles Silva - Textos
CASULO
Metamorfosear-se a alma adormecida ,romper o casulo
Tece o regresso a vida
O sol a alimentar desejos.
Nazaré Varella
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Este gosto amargo na minha boca
Esta boca faminta e sem desejo
Este desejo de fugir da vida
Esta vida salsa e sem importância
Esta importância que tem a tristeza.
Esta tristeza de quatro paredes
Estas paredes azuis como o céu
Este céu que não é minha morada
Esta morada de vil solidão
Esta solidão própria do poeta.
Este poeta soez, sem a amada
Esta amada presente na saudade
Esta saudade que traz um alento
Este alento que se esvai com as horas
Estas horas de uma singela tarde.
CASULO
Metamorfosear-se a alma adormecida ,romper o casulo
Tece o regresso a vida
O sol a alimentar desejos.
Nazaré Varella