Amor juvenil

          AMOR JUVENIL

 

Naquele recanto de flores, escondido, 

Calados...tão ternos e embevecidos,

Namora um casal de olhar esquecido

Ignoram passantes...d' amor perdidos !

 

Belo, o amor juvenil !... Arrebatado !

Mãos dadas e olhos que se entrelaçam !

Fogo primaveril...de tanto agrado...

Fantasias e sonhos...fecundados...

 

Nesses amores de pura poesia,

Derramam-se lágrimas, tão sofridas !...

Ficam no peito as primeiras feridas !...

 

Amores vibrantes, de doce magia...

EMUDECENDO

Preciso ouvir das aves o canto
Em um canto, onde eu encontre a paz;
Meditar em meio à mata,
O que me mata é o tempo fugaz.

Antes que se esgote a natureza
P`ra minha natureza alegrar,
Preciso sentir o vento chão
Que o chão de folha vai tapetar.

Meus olhares famintos verão
Do verão para sempre o vazio?
Não mais terei o som que me aqueda
O som da queda d`água no rio?

Meu temor é que a ganância leve
A nota leve que se ouve cedo;
Como se houvesse, quando eu acordo,
Um doce acordo entre o passaredo.

Somos um.

Somos um só

 

 

Como se ela fosse eu e eu fosse ela

Como dois fosse um

Vem pra mim, vou pra ela

Procuro em mim, acho nela

Seja eu, ou seja, ela

Ela lá, eu cá

E o amor que nos juta é natural

Seja no bem

Seja no mal

Não somos um, somos imensidão

Somos terra e mar

Somos verdes

Somos cinza

Luz e escuridão

Somos malicia e compaixão

Sorriso, chuva

Lagrima, sol

Somos um vento que sopra

D' encantar ! ( Convite à visita )

      D' encantar !   ( Viana do Castelo)

 

Subam o monte num dia luzente.

Avistam o mar imenso !... Bramoso !

Abraçada ao monte, a cidade e a gente,

Altiva ! Vaidosa !... E tão calorosa !

 

Entre serra e mar, nasceu fulgurante !

Ornada de cor e brilho pomposo,

Fragrância a flores, descida do monte,

Vestida de luz, dourada e quente !

 

Quem em Agosto por ela passar,

Vê-a risonha ! Em pompa ! A brilhar !

Com toda a sua gente alegre e a bailar !

 

Uma cidade bela, de encantar !

um olhar no passado

Tanto já esqueci
e tanto há a esquecer.
Dá-me o teu amor
amor por mim
ainda a descobrir.
Deambulamos pela
tarde sombria.
Lembro-me das estradas
Verão, a teu lado,
foi verdadeiramente
de loucos, sim loucos.
Um hotel velho e barato
incandescência ao olhar.
Bem vindos á noite
em que a papoila
domina o mundo.
Este é o meu poema,
para ti
tu sabes

Garras Afiadas

Garras Afiadas

 

Há falhas na minha parte humana, bem sei. Sei também que minha parte animal não é carnívora, nem herbívora, mas sim,observa tudo atentamente com garras afiadas, prontas para dilacerar qualquer parte de mim. A qualquer momento.

 

Charles Silva

 

Fim do Primeiro Ato

Fim do Primeiro Ato

 

Negou a verdade, esculachou, esculhambou, esnobou, humilhou. Decretou o fim da história ali de fronte ao público sedento por cenas de violência e sangue. Sendo inteligente e elegante, escondi-me atrás da cortina até que o espetáculo se encerrasse. No final, varri o chão do palco colocando o lixo debaixo do tapete vermelho que serviu ao teu desfile de superioridade. Apaguei as luzes e fechei as portas do teatro. Não há mais espetáculos, pois agora só há atores coadjuvantes, eles não sabem ser heróis.

 

Charles Silva

Batalhas no Inferno

Batalhas no Inferno

Tenho visitado meus infernos com frequência, pois é lá que se originam todas batalhas em que estou combatendo. Não obstante, me deparo com anjos e demônios, são parte do cenário, à parte disto, nada tenho eu de santo. Porém, não cultivo demônios, desprezo-os com ar de soberba, ainda que sob ataque direto.

SENHORA SENHORITA

Senhora senhorita, cuja luz me faz um dia
Me prometa não esqueça o seu eterno namorado
Que aqui mesmo tão longe só contigo tem sonhado
E na esperança de lhe ter é que se faz sua alegria

Senhora senhorita de olinhos tão brilhantes
Teu espiro é meu inspiro e o teu perfume é o meu ar
Nada perco nesse mundo se puder eu lhe beijar
Pois em teus braços tenho tudo como nunca tive antes

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