“Ter ou não ter”

  

Há, no meu peito, um mar em tempestade;

Uma efervescência de vapores no horizonte…

Nos meus olhos, dois Mundos, uma saudade

Um licor precioso, bebido, de mim, como fonte;

 

Na minha garganta, seca-se a dor… Que me deixe,

Gritando em silêncio, a fúria que a voz encrava…

OLHOS BRILHANTES

OLHOS BRILHANTES EU VEJO,

SEGUIR- ME A NOITE NA ESCURIDÃO.

SINTO O MEDO INVADIR MINHA MENTE.

SUAR MINHAS MÃOS.

ESCUTO O PALPITAR DO MEU CORAÇÃO.

 

MINHAS PERNAS RECUSAM-SE A IR.

MEUS PÉS DE TEIMOSOS!

ESTÃO PREGADOS NO CHÃO.

 

OLHOS BRILHANTES ESTÁ PERTO!

O LUGAR É DESERTO.

MESMO ASSIM O MEU SER ,

RECUSA-SE A FUGIR.

 

ENTÃO QUANDO CHEGA ATÉ A MIM

EU DESATO A SORRIR.

ESTE MEU SER TÃO COVARDE.

Um Eco Pelo Vazio

Um grito no silêncio
À espera de um eco no vazio.
Nisto a esperança
Não passa de um pequeno fio,
Que se combale numa dança
A que podemos chamar vida,
No meio de uma razão dividida,
Que não conseguimos decifrar.
 

Salvação

Faz do passado
O nunca mais,
O tempo desperdiçado
Não trará felizes finais.
 
Torna o futuro desejado
No presente que desejais,
E o tempo inacabado
Será fonte de coisas reais.
 
A roda só gira
No sentido
Em que a fizeres girar.
 
A vida suspira
Pelo sentimento decidido
Que faças levantar.
 
 
Este poema faz parte do seguinte livro:

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