PORQUE FUGISTE?

PORQUE FUGISTE?

 

Galguei montes desci vales,

Para ver se t’ encontrava,

E a angústia dos meus males,

Em cada dia aumentava.

 

Aumentava o pesar,

Por tanta luta e canseira,

Se te voltar a encontrar,

Vou fazer-te prisioneira.

 

Vou prender-te no meu peito,

Bem junto do coração,

Autorretrato

Autorretrato

 

Com as palavras não se conta.

Estimo memórias viajoras sob a pele, materiais ocultos retidos da infinita jornada, que um dia habitaram templos acedidos por passadouros verdes. Longos como corredores sem luz, líquidos em intermináveis funduras.

Não enumero. Para a dança crónica dos tempos mortos entre abraços, não se arriscam algarismos. E com as palavras, definitivamente, não se pode contar.

Paraíso chegar

Vem , faz uma façanha leal comigo
Um pacto de sangue, de amor indolor
Informa aos teus pais ,junta o teu coração amigo
Ele será testemunha de eterno amor

Carece sim meu amor ,um pacto de lealdade
Em uma viagem, em pequeno barco me acompanhar
Mas garanto em toda vida leal fidelidade.
Vem! com toda tranquilidade viajar

Amor ,vem por este oceano, saudades não levar
Tem provisões garantidas a bordo
Nem flores para ti nesta viagem vão faltar

BEM-TE-VI

 

 

bem-vindo bem-te-vi

aos olhares que me viram

como ti

com uma chance para voar

outra para vislumbrar

este espaço do viveiro

que já lhe pertenceu

cativo e restringido

da liberdade ensejada

que a vida lhe roubou...

mais que à madrugada

seu canto destinou

seja bem-vindo bem-te-vi

aos portões sem tranca

que não se fecham mais

 

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