Quero acima de tudo aquilo que não posso ter.

O que eu tenho, já não quero.

Se não posso ter aquilo que eu não tenho,

Como poderei querer o que é meu?

Com que vontade me sento à mesa , e espero pelo jantar?

Sabendo exatamente aquilo que me espera.

Ainda assim esperando, talvez,  por aquilo que não posso ter.

A minha barriga dá voltas.

Outra vez arroz.

recrudescem os lugares onde a morte se vai albergando: onde as suas palestras desenrolam tautologias fermentadas; onde a sua fealdade exprime uma avidez que é imanente à sua simbologia.