Lentamente...

Lentamente O Céu Vai Escurecendo... 

Os Meus Olhos Castanhos Vão Tecendo... 

Um Manto De Luz E Cor... 
Reflexos De Uma Adormecida Flor... 
Em Uma Asa Calma Pousada... 
Em Uma Teia Celada... 
Os Minutos Vão A Devagar... 

A Noite Mostra Qual A Razão... 
Da Existência Da Imensidão... 
Para Onde O Corpo Pode Ir A Sonhar... 
Talvez Em Uma estrela Se Deitar... 
Aí Mirar A Lua A Se Entregar... 
Ao Encanto Do Sol Adormecido... 
Em Este Meu Olhar Tudo Faz Sentido... 

Lentamente Um Rastro De Solidão... 
Bate Certo Em Algum Pobre Coração... 
Que Anoiteceu Em Céu Certo... 
Por Longe Se Vai No Perto... 
Dos Olhos Que Se Vão A Fechar... 
Das Janelas Lareiras A Se Apagar... 
Branco Sai De Chaminés Envolve O Ar... 
Cheiro De Madeira A Queimar... 

Por Estes Olhos Castanhos A Visão... 
A Ternura Sempre Está À Mão... 
A Simplicidade De Cada Momento...
O Ar Respirado Em Sobre Vento...
Vai Ao Luar De Todas As Luas Erguidas...
Assim Lentamente Se Vão Vidas... 
Outras Virão E Se Dão Nascidas...
Em Braços De Paixão Sempre Sentidas...

Por António Ângelo Azevedo Filipe. 12-07-2016

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