"O Poema da Queda"

Desci do Céu por ti. Quando caíste, as minhas asas também perdi.
Segui, e ao seguir'te descobri, a liberdade do amor na queda.
Infringimos juntos a regra, eu poeta, tu poesia completa.
Meia culpa. A respiração aperta, está perto a queda.

Criados, dois em sintonia, a nossa língua é telepatia.
Tu sabias tudo o que eu sabia, eu sentia o que tu sentias.
Alegrias! A Terra tocámos, e esquecemos o que fomos um dia.
Fôramos outrora um pedaço do Céu. Anjos hoje caídos, sem magia.

Por causa da distância, a que caímos um do outro, aquando da queda.
Sem asas voei torto. Senti medo da queda sem ti, e absorto caí.
Não te vi cair. Mas sei a dor e o medo que tiveste, eu também senti.
É telepatia. Simbiose divina que me liga a ti e tu a mim.

Este é o Poema da Queda. Deste poeta para a Poesia.
A ver se ajuda a lembrar a magia, que a Poesia foi um dia.
Um anjo, pedaço de Céu, melodia. Metade de nós desapareceu
Na Terra prometida. Serei eu a seguir'te, se caíres outra vez um dia.

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