Ondulações (VII)

Quando chega a saudade ao fim do dia

é tempo da saudosa nostalgia

 

Na quieta manhã dominical

nada se move à brisa outonal

 

Levo um livro comigo p’lo caminho

assim já não me sinto tão sozinho

 

Dez badaladas no sino da igreja

quando verdejante a manhã viceja

 

Sem destino vagueio pelo vento

ao reino onde me leva o pensamento

 

Recolho tudo que me dá prazer

na inconstante alegria de viver

 

Adejo pelo dom de recordar

e sem saber o que vou encontrar

 

As lendas leio das mil maravilhas

onde o engenho vence as armadilhas

 

Sª Mª Feira, junho 2018

 

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