rumores essenciais
Autor: António Tê Santos on Sunday, 20 August 2017tergiverso sobre as labaredas da rebelião quando vasculho a mocidade; ou quando demudo o pranto das alegorias que coleiam pelos ramais do sofrimento.
tergiverso sobre as labaredas da rebelião quando vasculho a mocidade; ou quando demudo o pranto das alegorias que coleiam pelos ramais do sofrimento.
as palavras são como tentáculos capturando aquilo que incendeiam quando as suas lamúrias reproduzem alvoroços que transportam o alívio duma conquista.
o poeta desenrola múltiplas formas de entronizar os seus bailados nos palcos para onde transfere o sofrimento quando a sua mutação se institui e ele se afirma fecundo e irreverente.
Dos clássicos aos contemporâneos;
poetas e outros artistas,
no final são todos humanos
que procuram libertar-se
da mente masoquista.
Um dia me sentindo tão sozinho
Por uma estrada eu caminhava
Sem rumo, sem destino.
Sem saber o que procurava
Sentia que o meu mundo era vazio
E que alguma coisa me faltava
Depois de tanto caminhar
Cheguei numa encruzilhada
Havia ali dois caminhos
E sem saber qual deles seguir
E o senhor apareceu
Por mim veio decidir
Mostrou-me um caminho de luz
há uma taciturnidade abrangente que eu fixo em poesia: é o dealbar duma era benigna que arrojo contra o paredão das vicissitudes; é um marulhar de façanhas que transverto em palavras apropriadas.