a janela impúbere
Autor: António Tê Santos on Sunday, 11 June 2017a paisagem traduziu-se em duros golpes durante vigílias que me fizeram recuar pelas alamedas da experiência enquanto houve obstáculos que silenciaram as transfusões.
a paisagem traduziu-se em duros golpes durante vigílias que me fizeram recuar pelas alamedas da experiência enquanto houve obstáculos que silenciaram as transfusões.
contorno ribeiros turvos ao promover o desassombro que me revela imponente quando a sede em progredir me faz divulgar os meus bailados em versos livres dos pareceres habituais.
catapulto-me sobre os litígios ao tartamudear as aulas instaladas no plano das advertências; recebo as injúrias com a simplicidade dum menino que ascende uma textura crassa arquitetando os seus dizeres sob a cobertura da improvisação.
as cicatrizes geradas pelo medo numa sensitiva experiência com tradução nas manifestações do tédio; a carapaça que troquei num castelo erigido no centro duma miragem; a náusea sob os tratos que circundam um enigmático oscilar.
verto o meu furor sobre os proventos nos momentos exaltados da minha lucidez incendiando a candura que ressoou no plaino das frustrações; despojo-me dos afetos inadequados quando atuo sobre os escombros da solicitude.
recolho frutos poéticos invalidando as disformidades que povoam a fantasia; transporto recados lancinantes até às elucubrações esculpindo legendas nas inopinadas conquistas.
eu transplanto a malignidade para uma indizível aceção gizando ditames hodiernos que lampejam no meu pensamento.
as saliências dum sonho onde eu edifiquei fragilidades, a música do itinerário badalando contusões, o dealbar promissor que a insegurança encurtou, as barragens que os olhos refletiram em torneios assanhados.
o vitupério forçou a minha constituição: eram produtos da rudeza os boatos que eu aspirava; eram vexames que zurziam nas minhas inclinações.