Prosa Poética

O VOO DAS BORBOLETAS

Lidar com pessoas, é como atravessar uma grande floresta...Você deverá ter sempre o máximo de cuidado, principalmente se não conhecer bem o caminho e o fizer no "escuro"... Encontrará pequenos e grandes insectos...Animais curiosos e famintos, outros indolentes e desinteressados...Haverá muitos buracos e pedras no seu caminho. Avistará grandes árvores, que poderão  lhe parecer enormes e sombrias. Quase ameaçadoras...Alguns sons serão familiares, outros estranhos e inquietantes...Poderá sentir um grande cansaço, o que o tornará vulnerável e ofegante.

FLORES

 

De um degrau de ouro, — entre cordões de seda, gazes grises, veludos verdes

e discos de cristal que escurecem como bronze sob o sol, — vejo a digital se

abrir num tapete de filigranas de prata, de olhos e cabelos.

Peças de ouro amarelo semeadas sobre a ágata, pilares de mogno sustentando

MÍSTICA

 

No declive da escarpa anjos giram suas togas de lã sobre relvas de aço e esmeralda.

Prados de chamas saltam até as mamas dos montes. À esquerda, o humo dos sulcos é pisado por todos os homicidas e todas as batalhas, e todos os ruídos do desastre traçam sua curva. Atrás do sulco à direita, a linha dos orientes, dos progressos.

CIDADES

 

A acrópole oficial excede as mais colossais concepções da barbárie moderna.

Impossível exprimir o dia fosco produzido por este céu imutavelmente cinza,

o brilho imperial dos edifícios, e a neve eterna do chão. Com um gosto

singular para o exagero, todas as maravilhas clássicas da arquitetura foram

VAGABUNDOS

 

Irmão miserável! Quantas vigílias atrozes eu lhe devo! “Eu não me entregava

com fervor a este negócio. Caçoava de sua doença. Por minha culpa

voltaríamos ao exílio, à escravidão”. Ele me achava um pé frio, e de uma

inocência bizarra demais, e adicionava razões inquietantes.

CIDADES

 

Que cidades! É um povo para o qual foram montados Apalaches e Líbanos de

sonho! Chalés de cristal e madeira deslizam sobre trilhos e polias invisíveis.

Crateras ancestrais circundadas de colossos e palmeiras de cobre rugem

melodiosamente dentro dos fogos. As festas do amor badalam nos canais

AS PONTES

 

Céus de cristal gris. Bizarro desenho de pontes, estas retas, aquelas em arco,

outras descendo em ângulos oblíquos sobre as primeiras, e essas figuras se

renovam nos outros circuitos iluminados do canal, mas todas tão longas e

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