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Prosa Poética

Inquilino do silêncio

Autor: Frederico De Castro on Tuesday, 4 July 2017

Cambaleia a luz através deste meu

Tédio perfeito

Inquilino do silêncio quase inquisidor

Mirando-se ao espelho onde se reflecte

A noite embebida num milésimo segundo conspirador

Vou envelhecendo como os dias transitando na vil

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Incauto silêncio

Autor: Frederico De Castro on Sunday, 2 July 2017

Orquestrados sorrisos gargalham no

Esteio de um verso insuflado de alegrias

Parafraseando até o silêncio incauto, precário

Suturando cada dia com tantos abraços solidários

Ventila a primavera seus perfumes refrescantes

Banhando o relento da noite que madruga astuta e traficante

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Lugar comum

Autor: Frederico De Castro on Tuesday, 27 June 2017

É património desta humanidade onde

O sonho peregrino feliz gemeu acomodado

Aos bastidores da vida numa precisão de olhares

Valsando orquestrados

Em dribles de cumplicidade colorindo os sonhos

Que baloiçam assim adestrados

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Indefesa tristeza

Autor: Frederico De Castro on Thursday, 22 June 2017

O perfume do silencio palpitará entre

Todos os paladares degustados num

Medonho dia onde se despenhou um

Lamento implícito e tão tristonho

Ali repousam vagarosos e improvisados

Todos os cânticos inéditos e recônditos

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Astuta saudade

Autor: Frederico De Castro on Monday, 19 June 2017

Pelos olhos amendoados de um sorriso casto

Deixo laqueado o sonho embrionário revelado num

Gesto ou súplica aconchegada à placenta do tempo

Onde se queda o imperceptível silêncio combalido

Sangrando no endométrio deste meu uterino verso

Engravidando a saudade assim tão fetal

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Nunca é tarde...

Autor: Frederico De Castro on Friday, 16 June 2017

Nunca é tarde

Para demover cada hora em fuga pelo tempo

Aditar à duna dos meus silêncios uma ampulheta

De lamentos escorreitos remexendo nas poeiras

Graciosas guerreiras onde embalsamei a vida antepassada

Multiplicando cada distância mais movediça e traiçoeira

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Trajecto lunático

Autor: Frederico De Castro on Wednesday, 14 June 2017

Qualquer hora passa despercebida alheia ao tempo

Que se envolve nas teias e gemidos de cada segundo

Inviolável e inebriante deixando-nos inconsequentes

Distâncias algemadas à moldura do silêncio tão eloquente

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Dentro do silêncio

Autor: Frederico De Castro on Saturday, 10 June 2017

No estilo poético das mais nobres divagações

Evoco a sublime coreografia dos versos solitários

Misancene das inspirações inquietas deambulando

No proscénio das minhas alegações finais onde dou

Guarida a esta fé tatuada numa oração quase irreal

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Sarau das ilusões

Autor: Frederico De Castro on Wednesday, 7 June 2017

Inconsolável e morosa chovia

Uma chuva miúda… miudinha caindo

Em bátegas de emoções escorrendo breve

Brevemente pelos telhados das mesmas solidões

Ininterruptas…varrendo o profano silêncio

Sepultado entre novos capítulos de tristezas

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Floco de Céu

Autor: Edgard Videira on Sunday, 4 June 2017

03-06-2017

Quando os nossos seres casam e os nossos rostos se tocam, abre-se o mundo do sobrenatural e a nossa humanidade rende-se aos sabores de um floco de trigo emigrado do céu.

Edgard Videira

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