Entrevista com o nosso autor Joel Nachio
Joel Nachio, nascido em 2 de setembro de 1983, nas pitorescas ruas do Porto, Portugal, emerge como uma alma apaixonada pela poesia e música. Desde sua infância, as ruas de paralelepípedos e a atmosfera culturalmente rica do Porto moldaram sua sensibilidade artística, inspirando-o a abraçar a magia das palavras.
Como poeta, Joel desvenda os matizes da emoção humana em suas composições, transformando experiências quotidianas em versos que ressoam com autenticidade e profundidade.
Além de suas incursões poéticas, Joel é um músico dedicado, entrelaçando sua poesia com acordes e notas que ecoam as emoções contidas em suas palavras. Sua expressão musical, embalada pela melodia e ritmo, acrescenta uma camada adicional de profundidade à sua narrativa poética.
A jornada artística de Joel Nachio é uma celebração da interseção entre a palavra e a melodia, onde cada poema é uma canção e cada nota é um verso. Seu compromisso apaixonado com a poesia transcende o convencional, mergulhando nas profundezas do significado e da beleza que residem na linguagem artística.
- Qual foi a inspiração por trás da sua última obra publicada?
R: Não posso dizer que tenha havido uma inspiração objectiva, há simplesmente várias fontes mediante o poema de onde vou buscar substância. O próprio título do livro “Tão Longe e Tão Perto” explora conteúdos como a distância e proximidade, a insaciabilidade do ser viajante, a ansiedade por se tornar mais Inteiro, a vontade inabalável do poder do sonho, a busca interior por significado, a procura do brilho e beleza na vida, reencontro e desencontro com quem somos, e a ligação humana com a divina e outros temas.
- Que temas você explora frequentemente nas suas obras?
R: Os temas que exploro frequentemente nas minhas obras estão, por norma, ligados à minha ideia de Amor universal, o desapego ou a tentativa de… a liberdade do ser, o atrever-se a lidar com a impermanência, o romantismo e a entrega e procura por, novamente, um amor incondicional, o comprometimento para com o momento e a sua transitoriedade, a permissão ao sonho, o ousar sonhar e trazer do horizonte uma porção do firmamento, a aceitação e o “fazer as pazes” com a nossa própria humanidade enquanto exploramos a jornada da vida.
- Qual é o maior desafio que enfrentou como escritor até agora?
R:O maior desafio como escritor é encontrar o veículo que permita chegar até ao leitor. Encontrar editoras que simultaneamente acreditem no seu trabalho e que também o potenciem através de publicidade e outras ferramentas de marketing.
- Que conselho você daria aos escritores aspirantes?
R: Escrevam para vós, sejam sinceros, encontrem a vossa maneira individual de escrita, não tenham pressa de chegar, sejam humildes e permitam-se ser inspirados por outros escritores, porém não os copiem e quando estiverem a duvidar de vós e da vossa escrita… dêem tempo ao tempo e permitam-se respirar para tentar novamente.
- Quais são seus hobbies ou interesses fora da escrita?
R: Para além da escrita sou músico, também tenho interesse por cinema e a expressão musical através da dança.
- Como você equilibra a necessidade de originalidade com a compreensão das expectativas do público leitor?
R: Escrevendo principalmente para mim e esperançando que aquilo que é escrito faça, de alguma maneira, sentido para quem o lê.
Também acredito que a poesia que escrevo possa ser bastante especifica, porém também tenha algo de geral pelo que se torna mais acessível assim.
- Você acha que a escrita é mais um talento inato ou uma habilidade que pode ser aprendida e aprimorada ao longo do tempo?
R: Penso que é ambos, talento inato no sentido de que há várias pessoas com pré-disponibilidade para serem bons escritores, contudo acredito que sem prática, sem tentativa e erro as aptidões são perdidas.