Entrevistado do mês de Maio de 2104: David Ramilo
Quem é o David Ramilo?
Médico Veterinário de profissão, nasci em Vila Franca de Xira, no dia 11 de Fevereiro de 1984. Com o Sol em Aquário, prezo muito os valores da Revolução Francesa: liberdade, igualdade e fraternidade. Sou uma pessoa acessível, amiga, prestável, mas também teimoso e que gosta de levar os desafios até ao fim (mesmo que os mesmos se tornem enfadonhos para as pessoas que me acompanham), não gostando (nem tolerando) injustiças.
Passar o tempo com as pessoas que eu amo, ler um livro ou ouvir música são as minhas actividades favoritas nos tempos livres. Gosto muito de adquirir conhecimento em várias áreas – talvez daí o meu fascínio pela investigação, estando, neste momento, a desenvolver o meu doutoramento em sanidade animal.
Comecei a escrever poesia em 2002 e, até ao momento, tenho 14 livros não publicados, que abarcam várias fases da minha vida. Para além do David Ramilo, O Poeta, existem outras personagens que me acompanham, denominadas de Alter-Egos – resumidamente, partes de mim que também assinam os poemas e que fazem transmitir ideias que o Eu real não considera adequadas para a vida dita “normal” (se é que o “normal” existe…).
No fundo, os Alter-Egos são partes de mim que eu não gosto. A saber: Tiago Reis,
O Id (o inconsciente, aquele que existe em nós todos e que se exprime de variadas formas), Cipriano Dias, O Saudosista (que tem uma fixação permanente ao passado, sendo, por vezes, o recurso a almas a única fuga para o mesmo, juntamente com as lembranças) e Pedro Homem-de-Cristo, O Amigo (que leva as amizades ao extremo, tornando-se prejudicial para si mesmo). Para completar o leque de personagens, temos Vicktor Paschoal, um semi-heterónimo que foi atacado precocemente por rubéola e que, na solidão consequente da doença que o atingiu fisicamente, se debruça sobre assuntos não-lógicos, tais como uma criança imatura costuma fazer quando se dedica a amigos imaginários.
O que sentiu ao ver os seus livros publicados?
Foi para mim uma grande alegria ver os meus livros publicados (Pedaços e Em Silêncio), pois gostaria que as pessoas conhecessem o meu estilo de escrita e as ideias que tento transmitir, seja em poesia, seja em prosa poética. Um dos meus sonhos é mostrar ao mundo a minha escrita e pode ter sido este o meu pequeno grande passo!
O que é para si a poesia e qual sua importância em sua vida?
Tal como referi atrás, é através da poesia que exprimo as coisas que sinto, o mundo que me rodeia e que me atinge de forma complexa e variada. Tudo começou no 12.º ano e foi um “vício” que me ficou, que persiste na minha mente e que eu espero vir a manifestar até ao fim dos meus dias.
Dê-nos uma sugestão para o poesia fã clube...
Que continuem o bom trabalho, mostrando ao mundo a palavra poética escondida por aí.
Obras marcantes:
Tudo o que temos cá dentro (Daniel Sampaio), As velas
ardem até ao fim (Sándor Márai), A Peste (Albert Camus), As Intermitências da Morte (José Saramago), Os Maias (Eça de Queirós), Anjos e Demónios (Dan Brown), O Erro de Descartes (António Damásio), a obra Pessoana, de Mário de Sá-Carneiro e Florbela Espanca.
Fonte de Inspiração: Claramente Fernando Pessoa ortónimo, Alberto Caeiro, Álvaro de Campos, Ricardo Reis e Bernardo Soares. Florbela Espanca e Mário de Sá-Carneiro.
Filme Preferido: Poltergeist (1982)
Canção Preferida:
November Rain – Guns ‘n’Roses (1991)
Jantar Perfeito: Com as pessoas que mais amo, sem preocupações.