No Papel Eu Pensava

Originalmente imaginava um papel. 
Mas então eu o rabiscava
E passava então a imaginar coisas naquele papel...
Empilhava folhas e folhas de letras, desenhos e rabiscos.
Eu pegava o meu violão
E eu imaginava a sintonia.
E seguia a vibe de toda aquela 'peça'
Que eu juro que também me seguia.
E a peça saia na balança da harmonia 
Conforme a vibe do meu dia. 
Depois eu escrevia as letras...
E o conjunto delas me animava!...
Mas não porque aquilo era poesia,
Nem porque era música feita à caneta
Ou desenho ou quadro ou arte ou qualquer outra anestesia...
Sem pensar em mais nada, eu imaginava...
Eu só imaginava.
Porque eu já tinha sujado tanto...
A minha carcaça orgulhosa ainda podia fazer algo que prestava. 
 
(No papel eu pensava.)
 
08 . 09 . 2014
14 . 09 . 2014
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