Sentidos...

 

ATIRO UMA PALAVRA, NUM SENTIDO METAFÓRICO...

FORMULO UMA IMAGEM, NUM SENTIDO COMPREENSÍVEL...

ESTENDENDO A MINHA ALMA, NUM PENSAMENTO REFLECTIDO.

RESPIRO O AR QUE ME ENTRA, DEITO FORA INCERTEZAS,

ABRANDO A ANSIEDADE INDIFERENTE, SINTO UM FOGO INTENSO...

RASGO O CÉU COM OS OLHOS, PERCO-ME CÁ DENTRO,

SINTO A MENTE FRAGMENTAR, NUM SENTIDO INDIFERENTE.

SINTO O VOAR DE UMA QUESTÃO, SEM SENTIDO, SEM FUNDAMENTO,

RODOPIO SOBRE O CORPO, PEÇO UM SENTIDO AO VENTO,

QUERO SER ESSE SENTIDO, QUERO ESTAR VIVO POR DENTRO,

QUERO ENTENDER OS MEUS PASSOS, SABER MEXER NO TEMPO.

CEIFAR AS ERVAS DANINHAS, COLHER FLORES, LARGAR SEMENTES...

QUERO QUE ME DIGAM... PORQUÊ?... QUERO UM SENTIDO COERENTE.

 

E, QUANDO ESSA PALAVRA QUE ATIREI,

REGRESSAR,

QUERO VER O REFLEXO DO TODO... NUMA RESPOSTA CAÍDA,

NUM ARREPIO QUE ME ESQUENTE,

NUM SOM QUE ME ATIRE TÃO LONGE, QUE MOSTRE QUE TUDO É DIFERENTE,

NO SENTIDO, NA INTENÇÃO, NA EXISTÊNCIA...

NA SOMBRA, NA LUZ... NA QUESTÃO,

DE QUE...

TALVEZ NÃO FAÇA SENTIDO, TANTA QUESTÃO AQUI DENTRO,

ENTENDER QUE SENTIR, É APENAS O QUE ME FAZ CÁ DENTRO,

E QUE NOS PASSOS QUE DOU LÁ FORA, ME ATROFIAM O PENSAMENTO,

NUM SENTIDO DE MISTÉRIO E ANGUSTIA,

TUDO TEM ... O SENTIDO DO VENTO.

 

Luis Ginja

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