O desgoverno

O desgoverno...
 
Inoperante diante da astucia esperada,
incólume em solo movediço,
de causas mal resolvidas,
satisfeito de ser menos que o prometido.
Haveria sorte em que acreditar,
antes mesmo de começar,
sua vontade será igual surda,
no mundo absolutamente inseguro.
No mesmo comprimento do ora andado,
pelos martírios já suportados,
cobrada pelo espanto de sua enorme sombra
recalcada ainda com o sol a pino.
Presente sempre com enorme fragilidade,
na matilha dos inconsciente,
que morde o mais próximo existente.
Pujante para merecer o seu quinhão
procurado por todo o rincão,
desajusta-se no inverno ao frio plenário
e ao pueril calor encarcerando o verão.
Determinou que já fosse hora,
partiu antes até de saber,
que o sinal ainda não fora dado,
fugiu para não acompanhar,
legião de injustiçados.

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