FIM DE UM DIA

FIM DE UM DIA

 

 

O Pôr- do-Sol avermelhado,

O sentir uma dor ausente

Que vai, e que vem…,

Num suspiro envergonhado…,

Do lado do sol nascente.

 

O sentir da brisa,

O amor brotar de botões…

A bela valsa dos Médios,

Meios venenos,

Dos quais nascem:

Sorrisos espasmos e medos.

 

Tudo, mas tudo me queda atrás…

Da janela onde estou, porque sou;

Eu e o Pôr-do-Sol…

O Par e a dança, a bela atitude mordaz

Que carrega e recorda…

Vidas, passados, misérias e tristezas

Que o foram… e só me fica:

                                         

O avermelhado do sol.

E a sombra de mim

Porque enfim…

 

Medito, fico, vivo e repito:

Eu – Pôr – do – Sol

 

Orlando Martins

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