Deixe a luz acesa
Autor: Ícaro Marques E... on Thursday, 1 August 2013
Poeira que encobre os móveis
descascos de tinta de parede
recriam vazios em mim.
Na escuridão,
ensaio a cegueria
criando forma ainda que inefáveis
de mim mesmo para compensar o estio.
Sou a noite, a dor
a lágrima escondida
o sorriso simpático
pó do resto de estrela ,
luz obscurecida,
colcha de retalhos que emenda memórias.
No chão, me desfaleço:
Contemplo a escuridão que alimenta meus medos.
Paciência.
Quando houver luz novamente,
desmedida, insolente, atroz
meus dentes pararão de ranger,
as correntes calarão seus ruídos,
meus medos morrerão de fome.
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