Sociedade Vazia II

A corrente vai nos arrastando,

Não nos leva a nenhum lugar.

O tempo, a todo o gás, vai passando,

Mas nada parece se alterar.

 

O que somos nós num mundo onde não podemos nada?

Há perguntas que não se deve nem fazer.

Para onde vamos se chega ao fim da nossa estrada?

Não seria a mesma coisa se pudéssemos saber…

 

No mesmo dia pode fazer sol e pode chover,

Mas a chuva é o que marca mais a terra.

A vida não é uma questão de querer ou não querer,

Por vezes estás na Paz e um só olhar chama-te à Guerra.

 

Não podemos ser apenas nós mesmos a todo o momento,

Temos de correr atrás de uma outra personalidade.

Nada mais difícil que saber quando é tempo,

De lançar o tiro da nossa verdade.

 

Lá fora está frio e reina a escuridão,

As ruas cheias de zombies presos a uma rotina.

A desconfiança deu lugar à cooperação,

O perigo salta-nos em cima a cada esquina.

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Comentários

Eis.... palavras poéticas muma divagação!

Gostei. Um abraço

António Cardoso's picture

Muito obrigado, amigo João Murty.

Foi mesmo assim que surgiu este poema. Estava a sentado na cidade do Porto à espera do autocarro que me traria para casa e começaram a vir ideias à minha cabeça e eu comecei a tentar registá-las no papel. Passado um bocado tinha isto...no fundo está um pouco vago e confuso, mas é assim que neste momento observo a sociedade.

Um abraço.