Uísque (O Canzarrão)

Na sala estava caído.
Derrotado pelo uísque...
 
Num colchão. Só e estirado!
De tanto que havia bebido
De veneta acabara deitado!
 
Dei boas-vindas com o fôlego da mente
E o esforço, nem sei de qual indução!
Como quem procura e por assim consente
 
Avivou-se um dia todo depois...
Veio ter uma conversa comigo.
Parecia mais um canzarrão!...
Aquela fala áspera de tom grave
Jurando ser o homem-revolução
Sabia a língua de sinais da cadeia
E era forte sem a musculação.
 
Veio com regras que me limitavam à alguns meros.
Mas em sua casa se assentava uma mordomia
Me estarrecia! Sempre longe
Daquele ser pujante que, naquela vida
Partilhava um parentesco comigo...
 
Lembro de todo o seu parlamento! Doente mental
Falhou quando invadi, pelas beiradas
O particular... ao lado de seu quarto... Carnal
 
Uísque, não é?!...
Também quero uma dose!
Caro amigo do começo animal
 
02 . 06 . 2014
14 . 07 . 2014
 
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