rumores essenciais
Autor: António Tê Santos on Sunday, 13 August 2017mitigo a solidão nos destroços duma vida coibida; nos rios transbordantes que noticio em poesia; nas inspirações que empanturram a agudeza.
mitigo a solidão nos destroços duma vida coibida; nos rios transbordantes que noticio em poesia; nas inspirações que empanturram a agudeza.
Sou um viajante do tempo
Tentando encontrar o desconhecido
Muitos caminhos eu tenho percorrido
Na esperança de encontrar o que imaginei
De viver num mundo real eu deixei
Voei muito alto mesmo sem poder
Um mundo paralelo eu queria conhecer
Como um pássaro eu voava sem ter asas
Na esperança de encontrar o que procurava
E um dia realizar o que eu sonhei
Nesse mundo eu consegui encontrar o amor
Um jardim aonde existia uma flor
Que o tempo não deixava morrer
O BICHO MANOEL
Manoel foi pra festa no céu
na viola do urubu e não caiu
e não voltou, ficou azul.
Por que voltar, se todos os bichos
estão por lá a brincar e pular?
Antes de falar de Manoel fui
e fiquei a me enrolar nos Barros
na lama e no limbo das pedras
nas latas velhas do chão
procurei todos os bichos
pra me dar uma opinião.
Sapo me falou que fugiu
do Manoel que lia sua alma
que via sua calma
nos pulos que dava tão devagar.
Falei, também, com o João De Barro
Foi ontém que me conheci:
virei o rumo da história
como quem escreve coisas de herois
salvadores e mártires.
Haverá modelo para tudo ou fica algo para ser por nós moldado?
Haverá simples novelo?
Modelo?
Para ser adotado?
Tudo!
Ou passaremos bem sem escudo?
Fica o molde de lado!
Algo por escrever?
Para depois ser recordado!
Ser!?
Por um sentido desenleado,
Nós a viver:
Moldado!
Haverá modelo?
Novelo!
Para tudo?
Escudo?
Fica por escrever?
Algo de lado!
Para ser?
Por viver?
Nós: desenleado!
Recordado?
Moldado!