Se há no mundo alguma coisa mais irritante do que...
Autor: Oscar Wilde on Sunday, 11 November 2012Se há no mundo alguma coisa mais irritante do que sermos alguém de quem se fala, é ninguém falar de nós.
Se há no mundo alguma coisa mais irritante do que sermos alguém de quem se fala, é ninguém falar de nós.
Há duas tragédias na vida: uma a de não satisfazermos os nossos desejos, a outra a de os satisfazermos.
Sorriso audível das folhas
Não és mais que a brisa ali
Se eu te olho e tu me olhas,
Quem primeiro é que sorri?
O primeiro a sorrir ri.
Ri e olha de repente
Para fins de não olhar
Para onde nas folhas sente
O som do vento a passar
Tudo é vento e disfarçar.
Tenho tanto sentimento
Que é frequente persuadir-me
De que sou sentimental,
Mas reconheço, ao medir-me,
Que tudo isso é pensamento,
Que não senti afinal.
Temos, todos que vivemos,
Uma vida que é vivida
E outra vida que é pensada,
E a única vida que temos
É essa que é dividida
Entre a verdadeira e a errada.
Toda a gente é capaz de sentir os sofrimentos de um amigo. Ver com agrado os seus êxitos exige uma natureza muito delicada.
Se soubéssemos quantas e quantas vezes as nossas palavras são mal interpretadas, haveria muito mais silêncio neste mundo.
Oh sim!--rude amador de antigos sonhos,
Irei pedir aos tumulos dos velhos
Religioso enthusiasmo, e canto novo
Hei-de tecer, que os homens do futuro
Entenderão; um canto escarnecido
Pelos filhos dest' epocha mesquinha,
Em que vim peregrino a ver o mundo.
E chegar a meu termo, e reclinar-me
Á branda sombra de cypreste amigo.
Os velhos acreditam em tudo, as pessoas de meia idade suspeitam de tudo, os jovens sabem tudo.
As boas intenções têm sido a ruína do mundo. As únicas pessoas que realizaram qualquer coisa foram as que não tiveram intenção alguma.
Materia ou Força, Lei ou Divindade
Quem quer que seja que dirige o mundo,
Esparze em tudo o espirito fecundo
Do Summo Bem--Belleza, Amôr, Verdade.
Á luz d'esta Santissima Trindade,
Cercado d'esplendor, clamo e jucundo,
Sorri-me em volta o universo; ao fundo,
Por synthese Suprema, a Humanidade!
Dos homens rujam temporaes medonhos...
Que em mim, no meu labôr, do Bem sedento,
Meus dias correm limpidos, risonhos!