taça

TAÇA

BEBE TAÇA AMARGA DE VINHO DE DOR ADORMECIDA

ENEBRIANTES PALAVRAS ME LEVAM DE UM LADO A OUTRO

BUSCAS VAZIAS BATEM NA PORTA DE SENTIDOS TRAIDOS

EIS UM HOMEM ACORRENTADO A SOBRIA E POUCA CRIATIVIDADE

MORRE DE MORTE MORRIDA, LOUCO EM SUA ESCRITA BERRA PELA

TAÇA DA EMBREAGES SAGRADA, LEVANTO A TAÇA COMO UM SASERDOTE DE MÃO IMPURAS, QUE CAIA SOBRE NOSSAS CABEÇAS.

A MALDIÇÃO DOS POETAS MALDITOS, QUEM BEBE DESTA TAÇA NUNCA MAIS FICARAR SOBRIO,

truvao

Claro e místico trovão

Aqui em fortaleza o trovão castiga.

Cidade erguida pela força de um súbito clarão

Incomparável e distante.

O medo assola as retinas vítreas.

O que pensam essas mulheres fortes, cativadas pelo loiro viking?

Novidades num nordeste incandescente e seco,

Onde miséria as fez fortes.

para Odin, cujo reino asgardiano é opulência,

replicantes

Replicante

Replico difusos erros em passos de réplicas e tréplicas, minha consciência se retrata, mas logo replico no mesmo instante dia mês ano reproduz os mesmos desafetos, segunda, terça e sexta replicaram novas estrofes de violão quebrando como um interminável refrão.

pensamento

SERÁ QUE PENSO

SERÁ QUE PENSO COMO GOTEJAR DE CHUVA QUE SE ESVAI

ESTANTANEAMENTE SERÁ QUE PENSO O CÉU OU TENHO SOMENTE

A IMAGEM AZUL TURQUEZA, SO PENSO EM LINGUA PORTUGUESA.

OU PENSO EM SUA BELEZA, SERÁ QUE SO PENSO NOITE A FORA

E NOITE ADENTRO PARA ME DESPIR DO MANTO NEGRO QUE ME

ASSUSTA, SERÁ QUE PENSO EM MORTE COMO PENSO EM VIDA.

PARACE QUE MEU PENSAMENTO NÃO MORRE LER A VIDA.

NÃO QUERO SER COMO ESSA GENTE QUE SO PENSA COM O

ESTOMAGO E VENTRE E QUE DEVORAM O MUNDO COMO MAQUINA

o catador

                                                O catador

Entre músicas natalinas que escuto distante, perto estou de um lugar ermo.

Onde minha mão rasga saco de lixo preto, chorume do perfume da produção industrial.

Esperando achar a origem do consumo adoecido, minha mão rasga por dentro mina flexões da mente que, vasculha por fora, quem vomitou todo esses pensamentos febris e alucinados em cima de nós, quando foi o dia da semana que perdemos a sanidade, onde está a causa do meu apetite insano.

bailarinos

                                                Bailarinos

 Infinidade de movimentos belos e sincronizados, enquanto eu escrevo você baila,

Enquanto eu estou indo carregando infinidade de palavras desconexas, você está voltando dançando de forma harmônica e elevada.

A perspectiva do voo está em ambos os movimentos ensaiados, movimento da palavra e o movimento dançado.

 A palavra dançada de forma dislexia, procurando encaixa-se em linhas tortas de Delíriostremilis .

 Quantos giros em espirais intermináveis de canções.

bailarinos

                                                Bailarinos

 Infinidade de movimentos belos e sincronizados, enquanto eu escrevo você baila,

Enquanto eu estou indo carregando infinidade de palavras desconexas, você está voltando dançando de forma harmônica e elevada.

A perspectiva do voo está em ambos os movimentos ensaiados, movimento da palavra e o movimento dançado.

 A palavra dançada de forma dislexia, procurando encaixa-se em linhas tortas de Delíriostremilis .

 Quantos giros em espirais intermináveis de canções.

continência

"A continência que bate para ti"

 

No comércio de cercas arcaicas, passam crianças em busca de desejos.

Quebram contratos, quebram convênios em uma dança tonta de saques urbanos

Comerciantes de almas vendedores de armas, a boca suja da farda antiquada, vibra em zig-zag demente sobre telas de mega- bits.

Seu produto final o sangue Petroquímico, cheiro de óleo abissal, fica no Charco preso como mosca no mel é a continência que bato para ti.

 

 

pardais

Pardais skatistas

A presunção do adolescente corria da mediocridade Bairrista, de um povo que queria crescer, mas não podia. Bestializado com imagem do Batman em sua blusa preta deslizando em suas rodas moscas, cheirando as partículas de compensado naval, prensando as sete capas, sete piso de cores , em cima de nossas cabeças belos Pardais de fardas cinzas operárias, embaixo de nossas cabeças três skatistas dançam em calçadas de cor cinzas operárias que bela imagem do Sagrado livre arbítrio.

 

 

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