- A -

       - A -

 ...e eu nunca escrevi nada!...

 Deram-me uma folha de papel

 Claro tão negro quanto um nada

 Estar esvaziada a minha memoria

 Nu um pedaço de giz inútil à mão

 Raso diante desta: fixei meus olhos:

 Há cacos de vidros pelo chão

 De outras vidas - trafeguei...

 Desfragmentando as frações

 Por um largo extinto tempo...

 Era eu em audiência somente eu

 Mas mais outro ávido por socorro.

 Enfim ter-me relutantemente...

 - Iniciei a levante de braços abertos...

 Perante uns colegas – reajustando...

 Outra vez a cinta a nem me borrar

 Inconformado plantei bananeira

 Juntando as penas a ocultar o sol

 Que finquei a cabeça ao solo brotar

 Uma que afagasse as circunstâncias:

- A deste risco rabisquei um triangulo!

                                 10/11/_14. L.E.z.

Género: