blasfemando...
Autor: jorge on Thursday, 27 August 2020
Nos copos bebidos
Conto os amores perdidos
Em gotas de ilusão…
Cada copo com seu travo.
Desse sabor amargo.
Das promessas feitas em vão…
Como, beber o teu corpo
Num copo de porto.
E blasfemar…
Dizer “ámen!”
Ou em tinto sugar-te.
Com branco regar-te.
E em verde provar-te…
Também.
Mas a vontade me ficou esquecida
Num copo de uma bebida
Que já nem sei pronunciar…
Pela língua enrolada
Na boca anestesiada
Algures… num bar.
Onde bebi paixões e amores,
E afoguei em horrores,
De álcool…
Meu coração.
E os desejos se evaporaram,
Nos copos que se entornaram,
Com o tremer de minha mão.
E foram muitos os corpos,
Com que enchi esses copos,
“entornados” com prazer…
Posso não saber o que é amar;
Mas depois de “ir”…
Se voltar,
Vou voltar para beber.
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