A Calma de um Inocente

 
Assento o braço no 
Topo da janela de
Caixilho estreito,
E encosto a cabeça 
À mão pendente –
De corpo caído
Contra o parapeito.
As cores, lá fora,
Brilhantes, dançantes, imensas;
Em mim, a vertigem  
Das sombras turbulentas, 
Engolidas p'lo abismo da escuridão.
 
E do canto negro do quarto,
Os suspiros do coração.
 
Género: