Como a Teia de Aranha
Eu sou como a teia de aranha
No lustre desta morada
Estática, incolor.
Faço dos meus dias solidão
Fico em constante marasmo
Não procuro os muitos bares movimentados
Existentes neste bairro
Reservo-me no mais simples e próximo
Sou um boêmio anônimo
Meu convívio é um vicio
De sempre servir camaleões nesta terra
Minha raça de amigos é clandestina neste plano
Meu cotidiano é um sorriso amarelo
Casa-trabalho
Infinda responsabilidade de viver
E dar vida a quem amo.
Bendigo a natureza pouca
Bendigo aos poucos pássaros
Qualquer lugar interiorano me
Fascina e conforta
Da saturação desta cidade que é bela e rude
Tento transformar minha vida
Mas aqui nada é completo nem absoluto
Exceto CRISTO
Nada é completo nem absoluto logo,
Adiamos a trajetória imposta para o bem
Mas nos foi concedido liberdade
E confundimos tudo.
Preciso ganhar mais dinheiro?
Até que ponto?
Se eu sou como a teia de aranha
Sou um pingo no mundo
E de coração, meu pão não ameniza apenas
Minha fome sangrenta
Só não passa tantas dores sempre vindas.
Não admiro quem muda como o camaleão.
Olho a foto dos meus tenros dois anos
E a poeira do passado ainda se faz presente
Só não passa tanta escassez de felicidade.
Amo uma coisa ausente,
Mistura de esperança, bem –estar.
Amo todo aquele a quem me entreguei de coração
E fui apunhalado.
Admito meus horrores, uma certa incapacidade
Na ausência de ser perfeito
Peço perdão a plenitude de DEUS
Por meus pecados.