CORRO AS PERSIANAS DO TEMPO

 

Corro as persianas do tempo

Bloqueio o andar do pensamento

Encerro-me numa cave escura

Olho para trás, apenas de soslaio.

 

Não desenterrarei o cadáver

Há muito enterrado

Em decomposição.

 

Quero ver uma nova aurora

Um novo Sol

Um novo dia.

 

Quero alcançar,

O horizonte Perdido,

No infinito do tempo.

 

Corro as persianas do tempo

Não vou mais olhar para trás

Um novo horizonte

Está ali, à minha espera.

 

Mário Margaride"GIL60"

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