A dança de uma estrela

Em meu silêncio algo acordou brotando meu som

Uma melodia ouvida por todo o universo

Viajando em forma ampla e convergente

À um reflexo em uma estrela na direção do cosmo

Uma estrela solitária, com seu brilho distante

Bailando só nos confins do universo

Meu som, embora em silêncio, faz-se música

Embora em meu tão guardado silêncio

Existiu som e apenas a estrela ouviu

Tão distante, solitário brilho, fez-se bailar

Como pôde ao longe ter ouvido meu som?

Silencioso som, como acordes de uma harpa divina

Ou talvez você, com tal magnitude fez-se toda ouvidos?

Ecos do meu som reluziu-se e retornou à mim

Teu brilho, espelho límpido de puro cristal

Fez-se de volta em uma harmonia

Que faz inveja às estrelas próximas

Tua luz, sim tua luz

Trouxe-me a idéia de compor, recompor-me...

O som, bailar, a dança em forma de luminosidade

Mandei de volta pra ti minha poesia mais clara

Meu sorriso, apenas ele...

Que reluzindo em seu mundo

Trouxe-me de volta como presente a luz de teu olhar

E eu, mero poeta sonhador, como pude pensar?

Nunca vi um brilho tão profundo como este

Teu olhar ali, tão distante, mas presente

Fez-se de nossa distÂncia um pequeno atalho

Como um toque de nossas bocas

Pude vagar em teu brilho

Pode pegar em meu som

Embora em silêncio, pode tocá-lo

Continue a brilhar... faz-me vivo

Faz-me todo canção

Faz-me apenas música

“em meu silêncio uma folha caiu!”

“galope dos ventos vem me avisar”

“que minha pequena estrela acabou de chegar!”

Fiz-me então a dança, apenas pra vê-la bailar

Apenas pra te ver bailando...

Neste grande palco do infinito universo

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