Em nome do Pai
O caminho da janela se deitou em minha vida
E as flores deste chão cicatrizaram as feridas
Diz a hóstia, diz o dízimo, diz a virgem imaculada
Que se deita em sua cama, que te ama e não diz nada
As crianças quando dormem sentem medo do escuro
Como pesa a consciência noutros jogos do absurdo
Falam na obediência de um deus desconhecido
Que se conta nos salvar colocando-nos em perigo
Quanto sol, quanta vida passada
Tanto homens chorando na estrada
Como um santo morrendo no altar
Quanta inteligência perdida
E os diligentes que mexem na ferida
"Não nos cabe mandar ou julgar"
Como os frutos que colhemos são os restos da manhã
Onde a água, o sal, o vinho serão alimentos do amanhã
O passado preparou, no presente se fez vivo
No futuro consagrou aquele esperado "hino"
Santo canto, brilha estudo, preparando para o altar
Atrás do melhor discípulo procurando o amor traçar
Hoje faz-se liberdade, jaz coroa e espinhos
Onde a cruz se faz o pranto e do sangue teu caminho