ESTRESSE

Percebo que o tempo aprisiona meus sonhos

E meu pensamento é refém de minha agonia,

Estou num cativeiro onde é a alma que alumia

A solidão encarcerada do mundo enfadonho.

 

Minha tela mental parece um rascunho sem giz,

Totalmente isenta de rabiscos que me fazem ser,

Vagueio num sono branco sem me reconhecer

E desperto num ambiente sem saber do que fiz.

 

O raciocínio é entravado num cosmos sem nada,

A consciência batalha para lembrar o pretérito,

Contudo mergulha num redemoinho frenético

E se afoga dentre as vagas que rugem, sazonadas.

 

O tempo que aprisiona meus sonhos é maquete

Das horas que bailam no infortúnio do estresse!

 

 

 

De  Ivan de Oliveira Melo

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