EU

Sou o centro de mim mesma

Na encruzilhada que sigo

Só eu posso desistir, sentir e escutar o que digo

Tenho restos, até resmas, de cantos por definir

No meu eu, que teima em seguir

Caminho lentamente, um dia da cada vez

Luto com o meu pensamento

Para não me quebrar de vez

Num grito surdo, quero dizer

Que não sou a única assim, que tudo posso perder

O desespero e a ansiedade que me querem ferir

As perguntas saem sem que as possa definir

As respostas nem se deixam ouvir

Espero um dia perceber, porque será tão dificil viver

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