Gota

Gota que chove tristemente,

Chora num pranto isolado.

Molha as costas de tanta gente,

Que nem se sente a ser molhado.

 

Sopro de um vento sentido,

Quando te oiço a cantar.

É um ritmo que quando ouvido,

Amplia aquilo que sinto,

É a brisa onde vais voltar.

 

A terra húmida que já é lama,

Encaixa entre os meus dedos.

Numa frieza leviana,

Que este frio não me engana,

Quando lhe conto os meus segredos.

 

 

 

 

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