LÁGRIMA DE DEUS

 

Andando pelos corredores do templo
Vejo nas paredes os quadros
Com as sagradas imagens do Unigênito,
E penso:
Suportar metade do que Ele suportou
Com certeza eu não aguento.

E observando ao redor,
Vejo os lustres,as luzes
E as poltronas vazias,
Ao meu lado
Apenas as flores
Que enfeitam esta sala
Me fazem companhia,
E assim me sinto tão sozinha
Com essa solidão que nunca termina.

E ao repousar no sofá da sala
Que representa o céu
Contemplo o grande lustre
Que representa a lágrima de Deus.

E de noite
Quando os meus olhos quase se fecham
E fico entre a realidade e o sonho,
Entre meu consciente e meu inconsciente,
Surgem em minha mente
Imagens e ideias confundidas
Que só Freud explicaria.

Os lustres,as luzes,
Nos quadros as imagens sagradas,
A lágrima de Deus,
Poltronas vazias,
E essa solidão que nunca termina.

JM JAMILA MAFRA.

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