MEMÓRIA AO VENTO - 2
(este poema por ser muito extenso encontra-se repartido por três poemas complementares "Memórias ao vento 1; Memórias ao vento 2; Memórias ao vento 3)
MEMÓRIAS AO VENTO - 2
Carpindo por entre espaços em branco e cinzento,
intercalam o prelúdio de um passado repleto
de histórias, que vagueiam no sentimento,
carregando nos ombros, o estigma do bom e do completo
Sou poema amarrotado, subjugado em códigos e tabus,
de silabas e vogais partidas, por frases de fantasia e avareza
onde o limite é o céu de querubins sem asas e corpos nus!
Talvez a vida seja a ignorância,
a insegurança e a incerteza;
Talvez seja tudo e um pouco do nada.
Marcaram-me por desejo por ódio e ganância,
ferraram-me a pele de adjetivos, tecidos pela calada,
morri de ensejo e na paz a minha alma encontrou riqueza.
Não sei se a saudade e emoção me trarão de regresso,
se apenas estarei em pensamentos alados e doloridos,
expiando pecados, voando nas letras do verso,
cavalgando nos silêncios de gestos amestrados,
circundando sombras que perpetuam nos meus sentidos,
fantasmas do passado que desfilam em sons amordaçados!
João Murty
Comentários
Madalena
Sáb, 19/03/2016 - 22:29
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Eu, às vezes sinto minha
Eu, às vezes sinto minha memória ao vento...
Gostei lindo!